Antonio Nogueira da Nóbrega
José Nogueira Pinheiro, filho do Tenente-coronel João
Rodrigues Pinheiro Landim (m. 10/11/1877) e Maria Cândida de Jesus (m. 19/12/1858), nasceu por volta
de 1842, em Solonópole, Estado do
Ceará, e faleceu a 5/2/1900, aos 58 anos de idade, em São João do Rio do Peixe,
Estado da Paraíba. Era talvez o primeiro de uma prole de 12 irmãos. Casou-se
ele, em primeiras núpcias, com Manuela Nogueira, consórcio do qual nasceram cinco filhos, a
saber: João Rodrigues Pinheiro Landim, mais
conhecido por Joca, que se casou com Antônia Amaro da Silveira e Silva;
Lucinda, casada com Antonio Tomás; Raimundo Rodrigues Nogueira Pinheiro; Amélia,
casada com Anacleto; Maria Cândida Rosa Nogueira Pinheiro (m. 23/05/1900, aos 28 anos de idade), que
se casou, em primeiras núpcias, com
Lourenço Dantas Rothea e, em segundas, com Miguel Antonio Ferreira Maia.
Depois de viúvo, José Nogueira começou
a visitar a Paraíba, a negócios. Numa de suas visitas, pernoitou na casa de
Raimundo Dantas Rothéa, localizada no Sítio Olho D’água, onde hoje funciona o
Museu Otácia Dantas Rocha (particular), pertencente a João de Abreu Rocha. No dia seguinte, acordou cedo e dirigiu-se ao
terreiro do casarão, onde ficou sentado a
contemplar a beleza da natureza. Daí a pouco, as filhas de Raimundo passaram
diante dele, cumprimentando-o com formalidade, enquanto se dirigiam à povoação
de São João, a fim de assistirem à missa dominical. Uma delas, de nome Joana,
chamou a atenção do viúvo, flechando-lhe o coração. Foi amor à primeira vista.
Na mesma hora, ele se dirigiu ao pai da
moça e pediu-lhe a mão em casamento, sendo o
pedido aceito de bom grado. Quando as moças retornaram da Igreja, o pai
comunicou o sucedido à filha, que o aceito sem reclamar. Casaram-se por volta
de 1878, e foram residir na sede da fazenda das freiras, que ficava exatamente no
local onde hoje se ergue o refeitório do Hotel do Brejo das Freiras.
Essa história
me foi transmitida por Alzira Nogueira Dantas, neta de José Nogueira e Joana,
pelo lado paterno, pois seu pai, Evaldo
Napoleão Dantas Pinheiro, era filho
desse casal. Já sua mãe, Maria Valentina Dantas, era filha de Vicente Dantas
Rothea (m. 28/12/1926, aos 77 anos de
idade), irmão de Joana Maria Dantas Rothea (m. 10/12/1924, aos 68 anos de idade), Domingos Dantas Rothea (n.
04/08/1855 - m. 19/10/1909, aos 54 anos de idade) e Antonio Dantas Rothea (n. 17/07/1865); filhos, portanto, de Raimundo Dantas Rothea e Cândida Maria dos
Remédios. Pelo lado paterno, Joana, Vicente,
Domingos e Antônio eram netos do caudilho são-joanense, José Dantas Rothea, que morreu em 18/05/1862, aos 75 anos de idade. Pelos
mesmos laços de consanguinidade, bisnetos do capitão-mor João Dantas Rothea, o
fundador de São João do Rio do Peixe.
Ali, no antigo
casarão dos Araújo, nasceram os seguintes filhos do casal: Honorina Leopoldina
Dantas Pinheiro (9/6/1879), casada com Miguel Antônio Ferreira Maia; Evaldo
Napoleão Dantas Pinheiro, casado com Maria Valentina Dantas; Álvaro Dantas
Pinheiro, casado com Enedina Dantas Pinheiro, (primeira esposa), Dina Dalila
Dantas (segunda esposa); José Nogueira Pinheiro, casado com Isabel Fernandes;
João Nogueira Pinheiro, casado com Nicodina Fernandes Pinheiro; Francisco das
Chagas Dantas Pinheiro, casado com Lídia Prado Dantas Pinheiro; Sólon Dantas
Pinheiro, casado, em primeiras núpcias, com
Lauretina Gonçalves Dantas e, em segundas, com Dina Dalila Dantas; Irinéia Dantas Pinheiro, casada, em primeiras
núpcias, com Francisco Dantas Rothea e,
em segundas, com Manuel Dantas Rocha; Amália Dantas Pinheiro, casada com José
Amaro da Silva); Odilon Dantas Pinheiro, mais conhecido por Odilon Nogueira,
casado com Maria Santa Dantas Pinheiro; Antonio Nogueira Pinheiro, solteiro (viajou
para a região Amazônica, na época da “Febre da Borracha”, mas não retornou à
Paraíba, nem deu notícia. Na mesma época, seu irmão, Odilon Dantas Pinheiro,
esteve no Acre, mas retornou à terra natal); Severino Dantas Pinheiro, mais conhecido
por Severino Nogueira, casado com Maria Laura da Silva Pinheiro.
Em 06/07/1883, José Nogueira Pinheiro figurava como membro do corpo de jurados, que era composto
de 48 membros titulares e 17 suplentes. E,
a 20/03/1889, ele era nomeado coletor das rendas provinciais. Hoje, uma das
ruas da cidade tem seu nome, dado pela Lei nº 483,
de 02/04/1978. Dos dois casamentos de José Nogueira Pinheiro (primeiro, com Manuela
Nogueira, e segundo, com Joana Maria Dantas Rothea - 17 filhos), descende
grande parcela da família Nogueira do vale do rio do Peixe. Depois de casada,
Joana passou a chamar-se Joana Maria Dantas Pinheiro. Entretanto, no seu
atestado de óbito, foi chamada de Maria Joana Nogueira Dantas.
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A foto de José Nogueira Pinheiro provém do arquivo de
Ednaldo.
A foto do casarão dos Araújo procede do arquivo de Rogério
Cândido Ramalho Galvão.
eu daniel dantas pinheiro neto de josefa dantas pinheiro contato danielbag4@gmail.com
ResponderExcluirJulita Dantas era prima legitima de João Dantas minha vó e Mãe de maria Marlene hj com 79 anos
ExcluirJulita Dantas saiu de Teixeira aos 14 anos indo se refugiar por conta de Lampião, foi para casa de um tio lá casando se com um primo Augusto Alves , onde ela veio a falecer no momento do parto da minha Mãe
Marlene
Ela não conheceu ninguém da familia Dantas, hj possivelmente deve ter ainda primos de sua idade
ExcluirMinha bisavó Ana Lucinda, filha de José Nogueira Pinheiro, NÃO era casada com Antônio Tomaz e SIM com Maurício Dantas Rothéa, meu bisavô. Favor corrigir o texto. Grato!
ResponderExcluirNo primeiro parágrafo do texto consta que Lucinda, filha de José Nogueira Pinheiro, era casada com Antonio Tomás. Na verdade minha bisavó Lucinda era casada com meu bisavô Maurício Dantas Rothéa. Favor corrigir a informação da matéria.
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