Antonio Nogueira da Nóbrega
Esta foto, tirada a 11/08/1934,
registrou a inauguração da primeira Usina Elétrica de São João do Rio do Peixe
(a diesel), implantada por Jacob Guilherme Frantz, prefeito à época. O equipamento
era conhecido por “Motor da Luz”, e só funcionava das 18h às 22h, quando as
luzes piscavam três vezes, anunciando o toque de recolher. A cidade ficava completamente
às escuras pouco tempo depois do terceiro sinal. Até o advento da luz elétrica,
a iluminação pública era feita à base de lampiões de gás, colocados nas
principais esquinas da cidade.
.Contemplando-se
a foto, vê-se, em primeiro plano, a então Praça João Pessoa, construída por
volta de 1932, cuja denominação foi dada pelo prefeito Natércio Maia, através
do Decreto-lei municipal nº 47, de 25/01/1932. Mais adiante, a 25/11/1939, Jacob Frantz resolveu mudar o
nome para “Praça Padre Joaquim Cirilo de
Sá”, pelos relevantes serviços prestados ao município pelo homenageado. O
coreto, que só aparece, em parte, do lado esquerdo, ainda estava por acabar,
sendo inaugurado a 13/09/1936. As
pessoas que estão próximas ao poste, posando para a foto, estavam prestigiando
o evento; por isso, escolheram esse local para serem fotografadas. E, ao fundo,
em segundo plano, ergue-se o antigo “Grupo Escolar Joaquim Távora”, assim
denominado pelo Decreto-lei estadual nº 259, de 26/02/1932. Posteriormente, em virtude
do Decreto-lei estadual nº 4.968, publicado no Diário Oficial de 01/10/1987,
esse estabelecimento de ensino recebeu o
nome de “Escola Estadual de Ensino Infantil e Fundamental Professora Frassinete
Bernardo”. Construído em 1932, a sua inauguração ocorreu a 29 de fevereiro do
mesmo ano, e contou com a presença de diversas autoridades, tais como: o
prefeito do município, o Sr. Natércio Maia; Antenor Navarro, Interventor do
Estado; o general Juarez Távora, irmão de Joaquim do Nascimento Fernandes
Távora, o homenageado, morto na Revolução Paulista de 1924.
Por volta da
década de 1940, não havia clube de dança na cidade, e os bailes eram realizados
no pavilhão que ficava nos fundos do Grupo Escolar Joaquim Távora. Um fato
inusitado aconteceu num desses bailes: houve uma briga durante a festa, e o
delegado trancou o portão de acesso ao local, guarnecendo o muro com soldados
armados para ninguém fugir. Em seguida, mandou a orquestra parar de tocar, e
todo mundo ficou parado, aguardando os acontecimentos. Assim, presos e sem
dançar, os dançarinos só foram liberados, na manhã seguinte, quando o sol raiou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário